Retorno das chuvas acende alerta para dengue na região

Chiapetta, Três Passos e Santo Augusto registram os primeiros casos da doença em 2025

A falta de chuva vivenciada pela região no último mês tem sido favorável à contenção dos casos de contaminação com dengue. Ao contrário de 2024, quando o Estado confirmou mais de 200 mil casos e pelo menos 281 mortes pela doença, neste ano, os números são baixos. De acordo com informações, até o momento, Três Passos apresenta o maior número de pessoas contaminadas, cinco; Santo Augusto e Chiapetta contabilizam um cada. Entretanto, a expectativa é de aumento dos casos nos próximos dias – pelo menos é o que projeta o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), o qual está em alerta para os meses de janeiro, fevereiro e março, que é quando historicamente ocorre o pico de ocorrências.
O vice-prefeito e secretário de Saúde de Chiapetta, Mario Maçalai, explica que o caso registrado no município recebeu todos os cuidados para evitar a proliferação da doença. “As equipes de endemias e agentes comunitários de saúde realizaram o bloqueio mecânico e químico, em um raio de 150 metros”, explica. Ainda segundo ele, a paciente chegou a ser hospitalizada no Hospital Bom Pastor de Santo Augusto, porém, já recebeu alta médica e agora encontra-se em cuidado domiciliar.
A secretária de Saúde de Santo Augusto, Maristela Callai, explica que o caso registrado no município é importado, ou seja, quando a contaminação acontece em outra cidade. “O paciente estava viajando e quando retornou apresentou sintomas e acabou positivando”, diz. Ainda segundo ela, todas as medidas necessárias foram tomadas. “Realizamos a dedetização das áreas ao redor da residência deste paciente”, garante.
Mesmo com o número reduzido de casos, a Secretaria de Saúde de Santo Augusto tem reforçado a importância da prevenção. Segundo Callai, mutirões de combate ao Aedes aegypti vêm sendo realizados desde outubro de 2024. “Este ano nos antecipamos, começamos os arrastões antes do verão para eliminar focos do mosquito”, afirma.
A secretária destaca que a população tem demonstrado maior conscientização sobre os riscos da doença, especialmente devido à gravidade dos sintomas. “A dengue judia muito mais do que a Covid. Quem já teve sabe o quanto o corpo sente os efeitos”, compara. Mesmo assim, ela reforça que a colaboração dos moradores é fundamental para evitar a proliferação do mosquito. “Não adianta os agentes passarem nas casas orientando se as pessoas continuarem deixando água parada”, alerta.
Com o retorno das chuvas nessa semana, o risco de aumento dos casos preocupa as autoridades de saúde. A recomendação é que a comunidade mantenha os cuidados necessários para evitar criadouros do mosquito. “A gente sabe que muitas pessoas armazenam água para economizar, mas é preciso ter cuidado. O prejuízo para a saúde pode ser muito maior do que um aumento na conta de água”, observa Callai.
Sobre as medidas em andamento, a secretária reforça que os agentes comunitários de saúde e de endemias continuam visitando as residências para orientar os moradores. “Eles fazem mutirões, verificam se há água parada e aplicam inseticida nos pontos críticos”, explica. Além disso, ações periódicas de pulverização são realizadas em locais estratégicos, como borracharias e no cemitério, onde há maior risco de proliferação do mosquito. “Nosso papel é orientar e comunicar os responsáveis, não somos responsáveis pela limpeza dos pátios”, orienta a secretária.

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