Com o aumento de casos de dengue em municípios vizinhos, a Região Celeiro entra em alerta e inicia ações para combater ao transmissor da doença, o mosquito Aedes aegypt. Na semana passada, o Laboratório Central do Estado confirmou o primeiro óbito por dengue de 2023, confirmando o cenário preocupante. Até agora, o Estado já confirmou 1.306 casos autóctones, que são quando o contágio acontece dentro do Estado. Em 2022, o Rio Grande do Sul registrou seus maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio ocorreu fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue. Os dados deste ano estão atualizados até esta quinta-feira, 23 de março.
Nos últimos dias, Chiapetta e Três Passos registraram os primeiros casos de dengue deste ano, deixando os municípios lindeiros preocupados.
Em Chiapetta, até o momento dois casos positivaram para a doença, sendo que três foram investigados. Segundo a secretária de saúde do município, Cleomara Bertaso, ambos os casos são importados. “São pacientes que estiveram fora do município e acabaram contaminados. Ambos os pacientes estão bem de saúde”, explicou. “Não temos mais nenhum caso em investigação, até o momento”, concluiu.
Ainda conforme Cleomara, logo após a confirmação do primeiro caso, as ações de bloqueios foram executadas. “Realizamos o bloqueio mecânico e químico no entorno das residências desses pacientes. Todo o tratamento necessário já foi feito”, divulgou.
Já em Três Passos a situação da contaminação é mais preocupante. Na Capital da Região Celeiro, são três casos positivos. Outros sete aguardam resultados de exames. A coordenadora da vigilância ambiental do município, Andréia Oliveira, conta que os dois primeiros casos registrados são importados. “Uma senhora esteve em viagem ao Paraguai e outro a Mato Grosso do Sul, ou seja, são casos importados. O terceiro é autóctone”, explicou. Ainda segundo ela, todo o trabalho necessário foi feito. “No momento que surge um caso suspeito, os agentes fazem o trabalho de bloqueio, tanto mecânico, quanto químico. Nos baseamos no caso suspeito e todos os quarteirões próximo a residência do paciente, são vistoriados”, colocou.
Entre 2019 e 2020, Três Passos chegou a passar mais de 500 casos de dengue. No ano passado foi pouco mais de 90 casos. Para essa Andréia, a redução deu-se pelo trabalho de prevenção que vem sendo feito pelas equipes.
Contudo, a profissional garante que, em caso de surto, as equipes estão preparadas para prestar o devido atendimento e que dispõe do equipamento necessário para os bloqueios. “Contamos com o apoio da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde. A equipe de vigilância está sempre a disposição para nos prestar apoio quando necessário”, comentou. A mesma também reafirmou a importação da participação da comunidade quanto a prevenção. “Precisamos que cada um faça a sua parte”, concluiu.
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