Um veículo de comunicação, em qualquer comunidade, é fundamental para oportunizar desenvolvimento, entrelaçar sua gente, incentivar a indústria, o comércio, a agropecuária, as artes, a educação, a política, enfim, construir caminhos pelo universo de atividades em que o homem se envolve. Jornal é semelhante a vida. Para quem quer evoluir, faz parte do cotidiano. Aquece a sua alma. É fonte de sabedoria por motivar questionamentos. Faz pensar.
De permeio, embora necessário ajustar-se diante de dificuldades, cabe ao jornal o dever de engajar-se na velocidade do tempo sem descurar dos milenares princípios da prudência, do respeito à diversidade e da honestidade. Por óbvio, quesitos basilares, que contribuem para o sadio entendimento do meio em que inserido.
No caso presente, amanhã, 5 de março, O Celeiro completa 52 anos, ingressa no ANO 53, data significativa, modéstia à parte, no contexto da mídia impressa regional. Na sequência, dois repórteres, veteranos, ambos com longa jornada pela redação e pelos palcos dos acontecimentos, aqui trazem divagações acerca do semanário aniversariante. Selito Antônio Schmitt tem 49 anos de vivência na produção de textos e fotografias. Lúcio Steiner, no final do mês em curso, fecha 46 anos de trânsito pela região.
“Pairava um vazio midiático no impresso sobre Três Passos na entrada da década de 1970”, situa Lúcio Steiner. “Era, pois, importante, se não imperioso, criar meios para testemunhar, documentar e fazer pensar, fundamentos que se revelam como o melhor caminho para construir horizontes, solidificar a cidadania e fomentar o desenvolvimento das comunidades do interior e dos estratos urbanos, avançar na economia, na educação, nas artes, registrar as tragédias, a fartura das colheitas, as frustrações, as conquistas coletivas, as chegadas e as despedidas, mesmo que amargas, muitas vezes”, raciocina o veterano repórter.
Estabelecido o panorama, “então surge um novo periódico, tendo no protagonismo o visionário Benno Adelar Breitenbach. Dia 5 de março de 1970, tipograficamente composto, O Celeiro começa a percorrer a Região Celeiro, iniciando uma jornada histórica magnífica pelas comunidades. Nessa jornada, sempre que possível, presença nos acontecimentos marcantes no campo em que medra o poder humano. Embora tempos modernos, hoje, continuamos vendo, com seus repórteres, vencendo distâncias na busca de fatos e suas interpretações”, destaca.
Lúcio Steiner conclui que, “por derradeiro, devo manifestar minha gratidão aos diretores Pedro Valmor Marodin e ao seu sucessor, Renato Marodin, por me permitirem vivenciar ativamente a passagem dos 52 anos do semanário, mesmo aposentado. Aos atuais colegas da redação, Luana Candaten Kuss, Karine Vieira, Katiane Nascimento e Vicente Hollas, todos jovens entusiastas pela arte jornalística, o reconhecimento pela simpatia que me devotam”.
Por: Lúcio Steiner