Organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), uma reunião na tarde de ontem quinta-feira, 22 de agosto, reuniu representantes do Movimento SOS Agro RS com representantes de instituições financeiras que atuam no Rio Grande do Sul. Na pauta, encontrar soluções para que os produtores rurais do Rio Grande do Sul atingidos pelas enchentes de maio, e pelas estiagens de anos anteriores, possam acessar recursos financeiros dos bancos, prometidos pela Medida Provisória (MP) nº 1.247/2024 do Governo Federal, que foi regulamentada por decreto na semana passada.
Segundo o secretário da Agricultura, Clair Kuhn, há muitas dúvidas por parte dos produtores rurais, e dos próprios bancos, as formas de acessar e quem será contemplado com as medidas. “Os agricultores não estão se sentindo contemplados com as medidas adotadas pelo Governo Federal para solucionar seus problemas de endividamento. E nem os próprios bancos estão conseguindo responder às suas dúvidas”, explicou Kuhn. “Então, existe um descompasso entre o que foi feito na MP e a prática. Por isso, fizemos esta reunião com as instituições financeiras e com agricultores ligados ao SOS Agro RS, para que possamos esclarecer quais suas reais necessidades e disseminar a informação”, destacou.
Um dos problemas apontados pelo grupo, por exemplo, é a de produtores que foram afetados na prática, mas como o ponto de georreferenciamento de suas propriedades não está na mancha de inundação do Estado, não conseguem acessar o recurso.
Para esclarecer esse e outros pontos, foi criado um grupo de trabalho com representantes das instituições financeiras e de agricultores líderes do SOS Agro, técnicos e instituições como Farsul, Fetag e Ocergs. O grupo montará um documento até a próxima semana e pretende entregar ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a Expointer.
A coordenadora do Movimento SOS Agro RS, Graziele de Camargo, destacou que a reunião foi muito importante. “Esclarecemos com as instituições financeiras o ponto principal de não estarmos tendo acesso à Medida Provisória do Governo Federal”, disse. “E vamos criar uma solução no grupo de trabalho para levarmos para o Governo Federal e mostrarmos a importância e urgência para que isso seja resolvido e atenda ao produtor rural lá na ponta”.
Texto: Darlene Silveira/Ascom Seapi Foto: Divulgação Seapi