Pré-candidatura de Juliana Brizola ao Palácio Piratini ganha fôlego

Com apoio interno e projeção em pesquisas, Juliana Brizola afirma que candidatura cresce a cada dia e já mobiliza militância do PDT.

O PDT gaúcho aposta firmemente no nome de Juliana Brizola para disputar o governo do Rio Grande do Sul em 2026. O entusiasmo do partido é reflexo do desempenho da pedetista em pesquisas de intenção de voto, onde aparece em posição de destaque, chegando a liderar alguns cenários.

A confiança na candidatura tem origem no resultado obtido na eleição de 2024 em Porto Alegre, quando Juliana conquistou 19% dos votos e terminou em terceiro lugar na corrida pela prefeitura. Desde então, seu nome voltou ao centro dos levantamentos estaduais, reforçando a estratégia da sigla de colocá-la como cabeça de chapa.

“Não tenho como aceitar (ser candidata a vice) porque eu estou na frente nas pesquisas”, declarou a ex-deputada nesta segunda-feira (29), durante evento de mobilização partidária.

Em entrevista ao Correio do Povo, Juliana reforçou a tendência de manter sua candidatura própria. “Eu nunca vi isso, de alguém que está na frente das pesquisas abrir mão para ser vice. Mas isso não quer dizer que, lá na frente, a gente não possa conversar. Mas, assim, a verdade é uma só: cada dia que passa a candidatura está ficando mais irreversível, porque ela não começou grande, ela está crescendo”.

Estratégia de alianças

A pré-candidata defende a construção de uma frente mais ampla, que ultrapasse os limites da polarização e dialogue com diferentes setores. Ela já se reuniu com partidos de perfis diversos, como PT, Republicanos, Podemos, Avante, PCdoB, PSol e também com o governador Eduardo Leite (PSD).

“Eu gostaria de uma coligação que fosse bastante representativa, que não fosse só um espectro. Eu entendo que a gente pode caminhar com a esquerda, com a centro-esquerda e até com algumas figuras do centro. Até porque partidos são feitos de pessoas e tem muita gente que, às vezes, está dentro de um partido mais radical e não compactua com aquilo”, afirmou.

No processo de composição, o PDT coloca à mesa três espaços: duas vagas para o Senado e a de vice na chapa majoritária.

Cláusula de barreira no horizonte

Além de buscar retornar ao comando do Palácio Piratini – ocupado pela última vez por Alceu Collares, em 1995 – o PDT precisa lidar com a cláusula de barreira. O deputado estadual Gerson Burmann destacou o peso do desafio, chamando as eleições de 2026 de “as mais difíceis da história”.

“Fazer 13 deputados federais em nove estados é um desafio para o PDT. Imagina, a gente não cumprir isso? O partido com a maior história do país”, alertou.

A atividade desta segunda-feira reuniu militantes e dirigentes da capital e região metropolitana, dando início à mobilização e às ações de comunicação, além de marcar o ato de filiação de novos integrantes ao partido.


Com informações do jornal Correio do Povo

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