Pelo quarto ano consecutivo, Crissiumal segue com o 3º maior rebanho leiteiro do RS

Três Passos perdeu posições em relação a última radiografia divulgada

Elaborada pelo Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a revista Radiografia da Agropecuária Gaúcha traz um panorama das principais cadeias produtivas agropecuárias do Rio Grande do Sul, entre elas a produtividade leiteira. O material foi lançado na terça-feira, 02 de setembro, durante a 48ª Expointer, em Esteio. De acordo com ela, a Região Noroeste do Estado segue sendo a maior detentora do rebanho leiteiro gaúcho, entre eles Crissiumal, sediado na Região Celeiro, que ocupa a 3º colocação no ranking de avaliação do maior rebanho leiteiro do RS pelo quarto ano consecutivo.
Segundo o Estado, o agronegócio segue como a principal força econômica do Rio Grande do Sul, representando cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2024, o Rio Grande do Sul manteve a exportação de lácteos para 44 países, gerando US$ 24 milhões, tendo a terceira posição do ranking de estados exportadores do país. Por sua vez, a importação decresceu, atingindo US$ 83,4 milhões, no mesmo ano.
A revista coloca como os maiores produtores do Estado Santo Cristo (1º lugar), Augusto Pestana (2º lugar), Crissiumal (3º lugar), Candido Godói (4º lugar), Ijuí (5º lugar), Campina das Missões (6º lugar), Marau (7º lugar), São Francisco do Sul (8º lugar), Ibirubá (9º lugar) e Três Passos (10º lugar) (que ano passado estava em 7º). Dados da Seapi indicam que a Região Celeiro possui, ao todo, 8.430 animais voltados para a produção leiteira.
O prefeito de Três Passos, Arlei Luis Tomazoni, elenca algumas motivações para a queda no número de animais no município. Segundo ele, os produtores enfrentam grandes desafios, principalmente em razão das sucessivas estiagens, que impactam diretamente na produção. “Essas dificuldades também exigem muito da administração pública, que busca apoiar e criar condições para que a atividade permaneça forte em nosso município”, disse. Outro desafio considerado importante para o contexto, é a sucessão rural. “É preciso criar condições para que os jovens permaneçam no campo, com renda, qualidade de vida e perspectivas de futuro. Nesse sentido, foi investido no Programa Semeando, que envolve alunos do 6º ao 9º ano das escolas do interior, incentivando a permanência no campo e a valorização da atividade agropecuária”, complementou.
Contudo, apesar da redução do rebanho, Três Passos mantém sua produção estável, com cerca de 31 milhões de litros de leite por ano. “Esse resultado é fruto do trabalho e da dedicação dos produtores, aliado aos incentivos do Programa Pró-Leite, que oferece serviços de horas-máquina, o Bônus Leite como estímulo direto ao produtor, apoio para a produção de silagem, incentivo ao confinamento para garantir regularidade ao longo do ano e investimentos em melhoramento genético, proporcionando animais mais produtivos e adaptados”, acrescentou o gestor. “Assim, mesmo com a redução do número de animais, Três Passos segue fortalecendo sua cadeia leiteira, priorizando qualidade e eficiência”, adicionou o prefeito.
O material, está disponível em português e inglês e contempla dados coletados entre 2024 e 2025 sobre 65 culturas agrícolas – como grãos, frutas e hortaliças – além de destacar cadeias pecuárias relevantes, incluindo bovinos, suínos, aves, ovinos, caprinos, bubalinos, equinos, apicultura e piscicultura.

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