Opinião | Alaides Garcia dos Santos

Diversidade religiosa

O município de Santo Augusto, em sua composição religiosa, reflete a diversidade do estado e do país, abrigando variadas manifestações de fé, desde as religiões cristãs tradicionais até práticas religiosas de matriz africana, espiritualistas e movimentos alternativos.
O catolicismo é predominante no município, sustentada por igrejas, capelas e festas populares que celebram padroeiros e datas religiosas ao longo do ano. O número expressivo de católicos é fruto do legado deixado pelos colonizadores europeus, especialmente italianos e alemães.
Ao lado do catolicismo, as igrejas evangélicas, em suas diversas denominações – Assembleia de Deus, luterana, batista, pentecostal, e outras -, também exercem influência significativa na vida social, cultural e comunitária. Os templos evangélicos estão presentes no centro e bairros da cidade, promovendo cultos, encontros e ações sociais.
Religiões de matriz africana também encontram espaço em Santo Augusto, mantendo vivas as tradições ancestrais, que incluem rituais, celebrações e o respeito à diversidade religiosa. Além disso, doutrinas espiritualistas, como o espiritismo Kardecista e o movimento espiritualista universalista, também estão presentes na cidade, oferecendo atividades de estudo, atendimento fraterno e práticas de auxílio ao próximo. A pluralidade inclui ainda outras expressões religiosas, como testemunhas de Jeová e outras. Essa diversidade religiosa é o reflexo de uma sociedade em constante transformação, em que o direito de professar a fé e de escolher caminhos espirituais é respeitado.

 

Leitura em queda

No Brasil, dados recentes mostram que o hábito de ler livros está em queda, o que é uma lástima. Ler livros vai muito além do simples consumo de palavras impressas ou digitais: amplia o vocabulário, estimula a imaginação e a criatividade, desenvolve a capacidade de concentração e raciocínio, promove a reflexão sobre diversos temas, além de exercitar o pensamento crítico. Ler livro é muito prazeroso, cada livro propõe um diálogo íntimo, silencioso, no qual o leitor pode revisitar ideias, repensar conceitos e, sobretudo, experimentar realidades diversas das suas. A leitura estimula a imaginação, amplia horizontes e permite ao indivíduo construir um olhar mais sensível e plural sobre o mundo. Enfim, cultivar o hábito da leitura é investir em si mesmo, enriquecer a mente e o espírito.

 

Cultura de viajar

Na Cãmara de Vereadores de São Luiz Gonzaga existe a cultura de viajar para capitanear recursos ao município, disse João Iuri de Oliveira (Podemos), presidente do legislativo ao repórter da RBS TV, no programa Jornal do Almoço desta segunda-feira (30) quando questionado sobre a exorbitância dos gastos com diárias, onde no ano passado foram gastos R$ 441 mil, e nos primeiros cinco meses de 2025 já chegou a R$ 392 mil. É um valor previsto dentro do orçamento da Câmara, e é uma cultura os vereadores viajarem bastante, disse. Depois, entrevistado por uma emissora de rádio, o vereador falou que como a reportagem da televisão teve repercussão na sociedade, resolveu adotar duas medidas que reduzirão os gastos com diárias: vai dar fim às viagens dos 26 servidores da Câmara, e extinguir a Comissão Pró-Hospital que seguidamente viaja em busca de recursos. Analisando bem, dá para dizer que o vereador até foi coerente e sincero ao tratar como “cultura de viajar”, admitindo assim, que “os edis criaram o ‘hábito’ de viajar por conta do dinheiro público, dinheiro do contribuinte”.

 

A propósito

Pensando bem, as viagens de vereadores e consequentes gastos do dinheiro público com diárias, já não faz mais sentido. No contexto atual, onde a tecnologia aproxima pessoas e reduz distâncias, torna-se cada vez mais pertinente questionar a real necessidade das viagens frequentes dos vereadores. Quase todos os compromissos, demandas e cursos podem ser realizados através de plataformas digitais, sem deslocamentos, economizando recursos públicos e otimizando o tempo. Enfim, repensar o modelo tradicional de diárias (cultura de viajar) e priorizar alternativas virtuais pode ser uma solução prática e transparente para fortalecer a relação entre representantes eleitos e a comunidade.

 

Curso é investimento pessoal

Considerando que normalmente o regimento interno das Câmaras de Vereadores prevê que o pagamento de diárias a vereadores só é permitido quando “a serviço ou representação da Casa Legislativa”, “é irregular o pagamento de diárias para custear ‘cursos’ de vereadores”. A concessão de diárias para esse fim é feita ao arrepio da lei, uma vez que “curso é investimento em qualificação pessoal”. É um procedimento irregular, pois o que não está no mundo jurídico não vale para a questão legislativa. Por essa ótica, caberia o ressarcimento aos cofres públicos dos valores já pagos em diárias aos vereadores para fins de cursos.

 

Mais um pré-candidato no PP

O Progressistas gaúcho continua movimentado. Primeiramente, Silvana Covatti se auto lançou como pré-candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Gabriel Souza (MDB). Depois, um grupo de lideranças passou a articular possível pré-candidatura do deputado licenciado Ernani Polo como candidato a governador em chapa própria. Ressalte-se que a ideia real de Ernani é ser candidato a vice de Gabriel, e não a governador. Agora, na segunda-feira (30), foi a vez do presidente estadual da sigla, deputado federal Covatti Filho, lançar-se como pré-candidato ao governo do Estado, em 2026. Possivelmente, a ideia é acalmar os ânimos acirrados internamente entre sua mãe Silvana e Polo. Surpresa com o anúncio de Covatti, a ala que prefere Ernani Polo, reagiu. O deputado Federal Afonso Hamm, que está interinamente na presidência do PP, disse que, na verdade, o partido tem dois nomes para o Piratini, e ainda há a possibilidade de inclusão de um terceiro nome, o do ministro do TCU, João Augusto Nardes.

 

Em respeito ao eleitor

A confiança depositada pelo eleitorado ao escolher um prefeito é fruto de esperança, expectativas e de um contrato social firmado nas urnas. Ao serem eleitos, os prefeitos assumem, perante a sociedade, a responsabilidade de liderar o município durante todo o mandato, enfrentando desafios e implementando políticas públicas que melhorem a vida das pessoas. Abandonar o cargo antes do término do mandato para buscar um novo posto político, como o de deputado, representa uma ruptura desse compromisso. Tal atitude pode ser interpretada como desrespeito à vontade popular, pois o eleitor votou acreditando no projeto proposto e na dedicação integral daquele gestor à cidade.
O cargo de prefeito exige dedicação exclusiva e responsabilidade com as demandas cotidianas do município. Quando um gestor se afasta para concorrer a outro cargo, demonstra que sua prioridade não está alinhada com as necessidades da comunidade, mas sim com projetos pessoais e ambições políticas. Cumprir o mandato até o fim é prova de respeito pelo voto recebido, pela cidade e por todos os compromissos firmados durante a campanha, além de ser um exemplo de ética, responsabilidade e maturidade política.

 

Deboche com a dor das pessoas

Passado mais de um ano da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, é revoltante constatar que o governador Eduardo Leite escolheu o caminho da autopromoção em vez da reconstrução. Nas últimas semanas, com as intensas chuvas, voltamos a reviver o filme do terror do ano passado, com milhares de pessoas desabrigadas e centenas de cidades atingidas. Ao invés de governar, Eduardo Leite prefere protagonizar um show de marketing que beira o deboche com a dor das pessoas. Sonhando em ser presidente da República – gastou meio milhão de reais do dinheiro público promovendo sua imagem pessoal em uma peça publicitária – um filme em que se coloca como herói das enchentes, com trailer exibido nas salas de cinema do estado e do país. Sobre as obras estruturantes como os diques de contenção às cheias, Leite anunciou que os projetos só começarão a sair do papel a partir de 2027, com prazos de entrega para 2031. Isso que o governo federal liberou R$ 6,5 bilhões no ano passado, exclusivamente para essas obras.

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