Operação Shutdown mira esquema de lavagem de dinheiro e prende suspeitos em Três Passos

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deu apoio, nesta quinta-feira (4), à Operação Shutdown, deflagrada em conjunto com o GAECO do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A ofensiva, realizada de forma simultânea nos dois Estados, tem como alvo uma organização criminosa estruturada para a prática de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar.

No Rio Grande do Sul, as ações se concentraram principalmente em Três Passos, no Noroeste, e em Guaíba, na Região Metropolitana. Oito pessoas são investigadas — cinco delas em Três Passos e três em Guaíba. Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, mobilizando cerca de 40 agentes do GAECO dos dois Estados, com apoio da Brigada Militar. Até o meio-dia, sete suspeitos haviam sido presos no Estado.

Segundo o coordenador do GAECO/MPRS, promotor de Justiça André Dal Molin, a integração entre os grupos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina reforça o enfrentamento às organizações criminosas que tentam disfarçar atividades ilícitas por meio da exploração de jogos de azar.

Operação nos dois Estados

No total, a operação cumpriu 13 mandados de prisão preventiva e 34 de busca e apreensão nos dois Estados. Também foram determinadas medidas de sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e confisco alargado — quando são retirados bens incompatíveis com a renda lícita dos investigados.

A investigação revelou um esquema sofisticado de movimentação de capitais ilícitos, com uso de empresas de fachada, “laranjas” e operações financeiras incompatíveis com as declarações de renda.