O Dia dos Pais é uma data que celebra o amor, a dedicação e a influência fundamental que os pais têm em nossas vidas. No entanto, para aqueles que enfrentam a perda do seu ente querido, essa data pode ser um lembrete doloroso da ausência física de alguém que foi um herói e um pilar de amor. Este ano, para a estudante de técnico de enfermagem, Franciele Viana, o dia 11 de agosto, terá um significado diferente, pautado em lembranças e recordações de alguém que durante toda a vida foi luz e amor na vida dos filhos.
Em meio a lágrimas e boas lembranças, Franciele busca recordar os melhores momento vividos ao lado do seu pai, Egmar Antunes Viana, que faleceu em julho deste ano. Um homem que não apenas ocupava um lugar especial em seu coração, mas também inspirava todos ao seu redor com sua fé e carinho. No primeiro dia dos pais sem a presença física do seu super herói, ela busca encontrar palavras para externar a dificuldade que tem sido lidar com a sua partida. “Hoje, uma parte de mim chora desesperadamente com sua partida. Por saber que não vou mais ter seu colo, seu beijo e deixa o meu coração despedaçado. Porém, por outro lado, entendo que ele cumpriu a sua missão e precisou partir”, coloca.
Segundo Franciele, uma das maiores características do seu Egmar, era a sua personalidade forte, por vezes teimoso, mas que contrastava com a imensidão do seu coração. “Ele não sabia como expressar seus sentimentos, era tímido quando se falava em afeto. Porém, era dono de um coração gigante, que adorava carinho, um amigo verdadeiro e que tinha muita fé”, descreve. “Ele me ensinou o que é o amor, não em palavras, mas sim em atitudes”, complementa.
Em suas recordações, Franciele destaca o empenho da filha, Mel, em ensinar o avô a pronunciar a frase “Eu te amo”. “Levou algum tempo. Mas ela sempre dizia: Eu te amo vovô, e tu? Eu te amo também, Mel – ele respondia”, lembra-se.
A recente partida do pilar da família Viana deixou um grande vazio em todos, porém, enalteceu o legado deixado por Egmar, que sempre muito dedicado, não media esforços para prover o lar. “Meu pai foi muito cedo trabalhar. Atuou como palhaço, em parques de diversão. Foi motorista, sempre buscando o nosso sustento”, comenta a estudante. “A atividade preferida dele era evangelizar. Estava sempre falando de Deus e de suas maravilhas. Todos que passavam pelo seu caminho, sempre ouviam uma palavra de fé”, explica. “Ele tinha um olhar que transmitia uma grande intimidade com o pai celestial”, continua.
Egmar faleceu no dia 20 de julho, durante um procedimento cardíaco. Franciele conta que em uma de suas últimas frases, ele enalteceu o papel de Deus na vida de todos os seres humanos. “Eu estava com medo naquele dia. Apesar da prova que tinha no curso, decidi acompanhá-lo na sua cirurgia. Antes de partir ele me disse: “filha, quando Deus quer recolher, não adianta fugir, tem que confiar e confiar”, lembra. Ainda segundo ela, após esse dia fatídico, a família reuniu-se para organizar os pertences do ex-motorista, e mesmo falecido ele continuou a surpreender a todos. “Encontramos uma agenda dele, com várias escritas. Mas o que mais chamou a atenção foi ‘junto com meus filhos eu tenho carinho. Pertinho deles, não estou sozinho – junho de 2012’. Acredito que ele sempre estará junto de nós, para mim ele sempre seguirá vivo em meu coração”, ressalta.
O Dia dos Pais pode nunca mais ser igual na família Viana, mas o legado deixado por aquele que moveu mundos para dar a devida educação e sustento aos filhos, jamais será esquecido. “Te amo paizinho, para todo sempre”, finaliza.
O maior jornal da Região Celeiro. Informação, transparência e credibilidade.
Next Post