Há 100 anos assalto em Santo Augusto

Depois de desistir da serraria instalada em 1917, assim que aportou na Boca da Picada, Pompílio Silva mudou de ramo, estruturando operações comerciais, uma casa de negócios. O negócio prosperou, determinando afluência de pessoas até de localidades distantes dali em busca de suprimentos devido a diversidade de opções em estoque.
A prosperidade comercial, permite-se presumir, atraiu a cobiça. O complexo, que funcionava anexo à residência, acabou assaltado na noite de 9 de dezembro de 1925. Trata-se da primeira ocorrência do gênero documentada com fartas referências, anotadas na história da colonização de Santo Augusto.
Consta que na referenciada data, um grupo da genealogia dos Marianos, estes já tidos como de reconhecida índole desqualificada, causou sobressaltos pela área que se tornaria sede distrital três anos depois, em outubro de 1928, quando obtém a condição de 3º distrito de Palmeira das Missões. As anotações revelam que o grupo, liderado por Laurindo de Abreu, promoveu alvoroço sitiando a casa de Pompílio Silva. Não há indicativo das consequências do assalto, se algo foi subtraído, por exemplo. Todavia, o dono do estabelecimento conseguiu executar a tiro um dos invasores, enquanto empreendia fuga pelos fundos, montando sem encilha um cavalo que estava próximo, rumando a Campo Novo em busca de auxílio.
Na mesma noite, o bando atacou dois dos moradores pioneiros da localidade, Ireno Bueno e João Gutekoski, o João Polaco. Ambos foram executados pelos assaltantes. Ireno foi sepultado no Cemitério Municipal Papa João XXIII.

Leave a comment
error: O conteúdo protegido !!! Este conteúdo e de exclusividade do Jornal O Celeiro.