Chuvas recentes favorecem milho e soja, mas exigem atenção do produtor, alerta engenheiro agrônomo

As chuvas registradas nos últimos dias e que devem seguir até o início do mês de janeiro trazem alívio e perspectivas mais positivas para as lavouras da região, após um período de estiagem e altas temperaturas que causaram danos significativos, principalmente à cultura do milho. A avaliação é do engenheiro agrônomo da Sinuelo Agrícola, Mateus Gottardi.

De acordo com o profissional, o comportamento climático observado em dezembro marca uma mudança importante no cenário agrícola. No caso do milho, a falta de chuva e o calor intenso registrados anteriormente impactaram negativamente a cultura, reduzindo o potencial produtivo em diversas áreas. No entanto, as precipitações atuais chegam em um momento estratégico.

“Essas chuvas são muito positivas para a fase final do ciclo do milho, especialmente para a finalização do enchimento de grãos. Devemos ter um milho com boa qualidade, bom peso de grãos, o que ajuda a amenizar parte das perdas causadas pela seca lá atrás”, explicou Gottardi.

Em relação à soja, o engenheiro agrônomo destaca que houve um pequeno atraso no plantio devido às condições climáticas anteriores, mas reforça que o calendário segue dentro de uma época considerada desejável. A maior umidade do solo, neste momento, contribui diretamente para a implantação das lavouras e o bom estabelecimento da fase inicial da cultura.

“A soja tende a apresentar um potencial maior, porque essa umidade ajuda muito no desenvolvimento inicial das lavouras”, afirmou.

Além do cenário atual, Gottardi aponta que as projeções climáticas indicam uma tendência de diminuição da intensidade do fenômeno La Niña no final do mês de janeiro, o que pode contribuir para maior regularidade das chuvas e melhores condições ao longo do desenvolvimento das culturas.

Apesar das perspectivas favoráveis, o engenheiro agrônomo faz um alerta importante aos produtores. Segundo ele, a combinação de umidade e temperaturas adequadas também favorece a ocorrência de doenças, exigindo atenção redobrada no manejo das lavouras.

“O produtor precisa ficar atento e, assim que houver condições, iniciar os tratamentos com fungicidas e outros insumos agrícolas. Se há umidade para a planta se desenvolver, também há umidade para aumentar a pressão de doenças. O controle químico e biológico é fundamental para manter a lavoura sadia e preservar o potencial produtivo”, concluiu.

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