O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente neste sábado (22), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde permanece em uma sala de Estado — espaço reservado a autoridades de alto escalão, como já ocorreu com Lula e Michel Temer em outras ocasiões. A prisão foi decretada sob a justificativa de “garantia da ordem pública”.
A ação ocorre um dia após seu filho, Flávio Bolsonaro, convocar uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside. Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, o mandado de prisão preventiva foi expedido pelo STF e prontamente cumprido.
Apesar da detenção, a medida não marca o início do cumprimento da pena de reclusão estabelecida anteriormente. Em setembro, Bolsonaro e sete aliados foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A maioria recebeu penas superiores a 20 anos de prisão, mas as detenções só podem ser efetivadas após o julgamento de todos os recursos.
A defesa de Bolsonaro afirma que não havia tomado conhecimento prévio da decisão que levou à prisão deste sábado. Na sexta-feira (21), os advogados solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes que a pena de 27 anos e três meses fosse cumprida em regime domiciliar, alegando fragilidade na saúde do ex-presidente e riscos à sua integridade em um presídio comum. Eles também informaram que pretendem recorrer por meio de embargos infringentes.
Além de Bolsonaro, outros aliados tiveram recursos negados: Walter Braga Netto, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem. Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, não recorreu e cumpre pena em regime aberto.
Com informações do portal Jovem Pan.
Foto: Ton Molina/STF
