Altas temperaturas agravam situação de estiagem no Rio Grande do Sul

Cerca de 200 municípios já decretaram situação de emergência

A semana findante apresenta temperatiras tórridas, próximo dos limites toleráveis para a vida animal. Segundo a MatSul Metereologia, houve a necessidade de alertar para as condições de calor perigosas e risco de letalidade para pessoas com certa vulnerabilidade. O quadrante oeste do Rio Grande do Sul registrou marcas acima dos 40°C, com previsão de superar tais índices.

Não somente a vida humana sobre com a onda de calor. Até os animais se incomodam com altas temperaturas. Os cães, por exemplo alteram sua linguagem corporal, como respiração ofegante, falta de apetite, náuseas, diarreia, apatias, salivação e sede, muito além do normal.

Enquanto isso, até o fechamento desta publicação, 200 municípios gaúchos já decretaram emergência no Sistema Integrado de Informação Sobre Desastres, da Defesa Civil. A estiagem seguia esturricante no Rio Grande do Sul, segundo avaliação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA).

Entre os municípios da Região Celeiro, 14 já oficializaram o decreto.

Entre os mais recentes, Chiapetta, que constatou perdas superiores a R$ 59 milhões, decorrentes de prejuízos nas áreas de milho (grão e silagem), soja, leite, feijão, hortifrutigranjeiros e a falta de abastecimento de água para, pelo menos, 30 propriedades rurais. Em Coronel Bicaco, as perdas em decorrência já estiagem já somam mais de R$ 85 milhões, atingindo, principalmente, a pecuária leiteira, a cultura do milho e da soja. Segundo informações, no cultivo do milho, a perda é de cerca de 70%, chegando a inviabilizar a colheita, em alguns casos.

O município de São Martinho também passou a integrar a lista, mais recentemente. Porém, não divulgou números.

Em Três Passos, a situação de emergência já foi reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Segundo informações, além do racionamento de água potável, aproximadamente 400 pessoas tiveram danos mais severos, ficando completamente sem água para o consumo humano e necessitando do auxílio da Prefeitura Municipal para sua subsistência. O setor leiteiro, até o momento, teve perda de 20%, com valor total de R$ 3.437.969,00. O milho grão safra normal teve perda de 60%, perfazendo o valor de R$ 19.992.000,00. O milho silagem também teve quebra de 45%, com R$ 33.075,00 de prejuízo. A soja teve perda de 20%, com prejuízo financeiro de R$ 15.048.000,00.

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