Buscando inovar no processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Sol Nascente, de Santo Augusto, proporciona a vivência de atividades enriquecedoras, destinada aos alunos típicos e neuroatípicos (alunos que possuem alguma deficiência, Transtorno do Espectro Autista, TDAH, Dislexia, etc). Para tanto, o educandário tem utilizado a presença de aves calopsitas para fazer a adaptação desses alunos no processo de integração e também possibilitando aos demais uma interação com responsabilidades e pesquisas.
Tudo começou pela iniciativa da diretora da escola, Cristiane Silva, que é a dona das aves e apaixonada pela educação. A mesma propôs um desafio aos professores e funcionários da instituição, o qual foi prontamente aceito.
A visita das aves, Pipoca e Chica, um casal de calopsitas já formados em fase de reprodução, foi considerado um sucesso. “A partir daí eles passaram a ter rotinas fixas na escola, para o trabalho com os alunos que aguardam ansiosamente as ações que serão desenvolvidas”, explicou a diretora.
Ainda segundo ela, a iniciativa tem o objetivo de trabalhar a integração e a socialização dos alunos, principalmente as crianças atípicas, já que a socialização e a integração com os demais colegas são um desafio maior para eles. “Da mesma forma que para um ser humano seja necessário um período de adaptação, as aves também passarão por um período de adaptação ao qual está sendo trabalhado com os alunos”, salientou. “O brilho e a alegria dos alunos são notórios, principalmente dos alunos atípicos. E nesses momentos é oportuno trabalhar o abraço, a troca de afeto e o toque, para que estes sintam-se incluídos no grupo. Tudo é feito de forma intencional, mas de forma natural, pois o casal que é o centro das atenções”, analisou a diretora.
Cristiane ainda salientou que esse contato com os animais também está sendo importante para aquelas crianças que não possuem a oportunidade de convivência com animais. “Os animais cativam nós humanos, seja com aquele olhar de quem nos entende, com uma festinha ou um ronronar. Os pets são responsáveis em grande escala por fazer de seus donos, sua parceria de amor inabaláveis e pessoas mais felizes. É por isso que, muitas vezes, o auxílio dos bichinhos é procurado em momentos de depressão ou em ataques de fobia. Para crianças com autismo e necessidades especiais, cães, coelhos, calopsitas e outras espécies de melhores amigos do homem são como co-terapeutas”, explicou.
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