Brasil vive risco de voltar a ter casos da doença
Mesmo com a dilatação do prazo estipulado pelo Ministério da Saúde, alguns municípios estão longe de atingir a meta de 95% de vacinação contra a poliomielite. Na Região Celeiro, a grande maioria dos municípios já atingiram a meta, alguns até superando a taxa dos 100%. Porém, também há casos que ainda preocupam.
Até o início dessa semana, o Rio Grande do Sul havia imunizado 334.934 crianças de um a cinco anos, o que representa 60,48% do público-alvo, abaixo da meta de 95% para essa faixa etária. Entre os 497 municípios gaúchos, 209 cumpriram a meta. De acordo com o levantamento feito pelo jornal O Celeiro, em toda a Região Celeiro, a população estimada a ser vacinada é de 6.722, destes, apenas 6.305 foram imunizadas.
Ainda no âmbito da Região Celeiro, os municípios de Braga, Coronel Bicaco, Redentora e Santo Augusto, foram os que ainda não haviam atingido os 95% de aplicação. Sendo que o cenário que mais preocupa é o de Redentora, que se apresenta com pouco mais de 67%. Já o município de São Martinho, aparece na outra ponta, como o que mais vacinou, atingindo um índice de mais de 124%.
A enfermeira responsável pelas imunizações de São Martinho, Rejani Delaflora Guth, diz que o sucesso da campanha no município é um somatório de fatores. “O sucesso da vacinação no município é resultado do trabalho árduo de toda equipe de imunizações, em conjunto com os agentes comunitários de saúde que avisam as famílias e ainda realizam a busca ativa dos faltosos”, comentou a profissional. Ainda segundo ela, o trabalho intersetorial, que envolve as secretarias de educação, escolas e Conselho Tutelar, também contribuíram. “Agradeço ao apoio incondicional da administração municipal e da secretária de saúde para que isso se tornasse possível. Os pais de São Martinho estão de parabéns por comparecerem ao posto de saúde durante a Campanha de Vacinação para proteger seus filhos. Quem ama cuida”, concluiu.
A última vez que o Brasil conseguiu ultrapassar a meta considerada ideal, de 95%, foi em 2015. No ano passado, esse número caiu para quase 75%.
Veja mais na edição deste final de semana do jornal O Celeiro.