Inserido no fluxo migratório, Alfredo Wiesenhütter, partindo de Lajeado/RS, chega à Linha São Francisco, pertencente ao Distrito de Padre Gonzales, Três Passos, um dos pioneiros da localidade. A memória não guardou a data da chegada. Porém, é possível posicionar uma proximidade: os anos iniciais a partir de 1900.
Já com família em constituição a partir do seu casamento com Frida Weirich, ocupando um dos lotes demarcados pela comissão chefiada pelo major Antônio Florêncio Pereira do Lago, do Exército Imperial, em 1925 começa a construir sua casa e onde a família progride com os filhos Albano, Lauro, Elmo, Iracema, Edgar e Leonida. Estes depois se dispersaram, restando residente Albano, ali constituindo família com Elga Maria Eggers. O casal teve os filhos, Décio, Hélcio, Isolde, Mirtes e Diva.
Na sucessão das gerações, Hélcio, com o concurso da esposa, Janete Silvani Kaisekamp e da filha Luana Letícia, prossegue guardião do patrimônio histórico do seu avô e pai. A casa, concluída em 1928, praticamente conserva as características da época. Apenas sofreu reparos exigidos pelo tempo e alguns acréscimos que a evolução coloca à disposição. Detalhes de sua originalidade continuam presentes, como paredes com tábuas de surpreendente largura, testemunhas da vetusta floresta dominante nos primórdios.
Na casa centenária segue residindo com os pais a bisneta do pioneiro. Luana Letícia Wiesenhütter, formada em Administração de Empresas, servidora pública municipal e oferecer suporte à agricultura familiar na propriedade, harmoniza tempo ao evento comemorativo em referência a uma das etnias representativas da colonização do Rio Grande do Sul, compondo a realeza como 1ª princesa da Festa do Colono e Motorista 2025.

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